A Igreja Adventista do Sétimo Dia em Goiás vive momentos de mobilização com a realização da Caravana da Esperança. Encontros que estão celebrando decisões e fortalecendo a fé. Os encontros irão passar por todos os distritos pastorais (grupos de igrejas divididos por regiões) da sede administrativa Igreja Adventista no estado.
No sábado (1º), a Caravana passou por Catalão, Itumbiara, Uruaçu (Distrito Uruaçu Sul), Porangatu, Itaberaí, Jussara e por Goiânia, com programações nos distritos de Nova Esperança, Pedro Ludovico, Jardim Europa e Coimbra, levando fé, música e apelos espirituais que resultaram em novas decisões ao lado de Cristo.
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“... um dia me perdi”
Entre os participantes estava Samuel Nascimento Cruz, um jovem conhecido na comunidade que carrega uma história de altos e baixos, marcada por quedas, mas também por um reencontro surpreendente com a fé. Desde a infância, frequentou e participou de atividades como o Clube de Desbravadores e chegou a se tornar instrutor e líder de jovens. “Eu fazia tudo pra Deus, mas um dia me perdi”, contou. O afastamento começou com conversas erradas e amizades que o distanciaram daquilo que ele acreditava.
Longe da igreja, Samuel tentou preencher o vazio com o que o mundo oferecia. Casou-se, teve uma filha e viveu sete anos afastado da fé. “Dei o meu melhor pro mundo”, confessou. Nesse tempo, se envolveu com bebidas, drogas e prostituição. “Tudo que desagradava a Deus, eu fiz. Eu tinha vergonha até de orar, achava que Ele não queria mais me ver.” Era o retrato de alguém que havia se esquecido da própria origem.
Mas Deus não desistiu. E foi por meio de três pessoas que ele nunca tinha visto que Samuel começou a perceber o chamado Divino. “Uma mulher me disse que eu deveria estar morto, mas que a oração da minha mãe estava me protegendo. Outra foi até minha casa dizendo que queria comprar sabão da minha mãe, mas o verdadeiro motivo era entregar uma mensagem de Deus para que eu voltasse para a igreja.” Aquilo o abalou profundamente. “Eu não acreditava que era Deus falando comigo, mas senti que algo estava acontecendo.”
Hora de voltar
As mensagens se repetiam, vindas de diferentes pessoas. Até que Samuel entendeu que o recado era pessoal. Relembrou seus tempos de desbravador, as pregações que ouvia mesmo estando afastado, e as palavras que o marcaram em um Campori. “Era como se Deus estivesse dizendo: ‘Ainda há lugar pra você’.” Assim, depois de muitos anos, ele decidiu voltar.
No sábado (1), diante da igreja e da comunidade, Samuel viveu o símbolo máximo dessa restauração, o seu o batismo. “Hoje eu sinto alegria. Me identifico com a história do filho pródigo. Ele voltou e o pai fez um banquete. Eu também voltei, e nas duas vezes que voltei pra Deus, teve almoço. Eu acredito que Deus preparou tudo para eu me sentir acolhido”, contou sorrindo, com os olhos marejados.
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