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ADRA Rio Grande do Sul lança projeto que transforma habilidades práticas em renda Oficinas em Porto Alegre atendem 80 participantes com formação prática, trilha de empreendedorismo, acompanhamento técnico e vouchers para iniciar e fortalecer negócios

Publicada em: 26/09/2025 16:48 -

ADRA Rio Grande do Sul lança projeto que transforma habilidades práticas em renda

Oficinas em Porto Alegre atendem 80 participantes com formação prática, trilha de empreendedorismo, acompanhamento técnico e vouchers para iniciar e fortalecer negócios


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Iniciativa contará com oficinas práticas para impulsionar recomeços na zona norte de Porto Alegre (Foto: Evelise Morais)

As marcas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado não ficaram apenas nas paredes. Muita gente perdeu o que sustentava a vida diária: ferramentas, espaços de trabalho e a rotina que dá dignidade. Mesmo em 2025, pouco mais de um ano após a maior tragédia que atingiu o estado, centenas de pessoas ainda não conseguiram se reerguer.

É o caso de Ida Cristina Lang, que perdeu todo o material de artesanato e está sem emprego formal desde setembro do ano passado. “A enchente foi uma coisa inesquecível... No dia 3 de maio, a água começou a entrar na minha casa, chegando a 1,60 de altura, mais ou menos, e eu perdi tudo. Saí dali só com a roupa do corpo, acompanhada dos meus filhos e os meus pets. Foi devastador”, relembra.

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Há algumas semanas, em um grupo de WhatsApp, Ida viu a possibilidade de um novo caminho. Um banner digital informava que a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), por meio da regional do Rio Grande do Sul, lançaria um projeto com oficinas práticas para impulsionar recomeços na zona norte de Porto Alegre. “Graças a Deus fui abençoada com uma vaga”, comemora.

Como funciona o projeto

O lançamento do Reconstruindo com dignidade ocorreu nesta segunda (2), na sede regional da ADRA, reunindo beneficiários e parceiros públicos. De acordo com o diretor da agência humanitária na região, Jorge Wiebusch, as turmas são de curta duração e focadas em serviços e produção manual, com uma trilha de empreendedorismo para transformar o aprendizado em negócio. Logo após a abertura, cada aluno assinou um termo de presença, se comprometendo a concluir as aulas para, então, sair com um plano claro de atuação.

A maioria dos beneficiários foi afetada de forma direta pelas enchentes ocorridas no ano passado (Foto: Evelise Morais)

“Aqui, por exemplo, ofereceremos cursos para barbeiro, cabeleireiro, manicure/pedicure e também o curso de artesanato em madeira. Os beneficiários vão receber a capacitação e, depois deste curso concluído, terão uma ajuda: um voucher para comprar suas ferramentas e começar o seu próprio negócio”, explica Wiebusch. Além disso, os participantes terão a oportunidade de expor produtos e serviços em feiras. Após um período de adaptação, com acompanhamento das equipes técnicas, um novo aporte será concedido. “Desta vez, a ideia é injetar recursos para que essa pessoa continue com o seu programa, com o seu empreendedorismo”, afirma.

Ao todo serão 80 participantes, com dois dias inteiros de aula por semana, durante dois meses. As atividades acontecem na sede da ADRA, na Vila Farrapos, e seguem com acompanhamento após a formação para sustentar a evolução dos pequenos negócios.

Durante a cerimônia de abertura, o psicólogo Gabriel Abreu ministrou uma palestra sobre prevenção e redução de riscos, considerando que boa parte do público beneficiado vive em uma área sujeita a novas catástrofes. A proposta do projeto vai além da técnica, buscando devolver rotina, rede de apoio e senso de controle a quem ainda enfrenta desdobramentos da tragédia. “Esse projeto visa justamente ressignificar aquela perda, trazer uma esperança para aqueles que, no passado, perderam tudo ou grande parte dos seus bens”, explica Abreu.

O secretário adjunto de Assistência Social de Porto Alegre, Nelson Béron, esteve presente e avalia a iniciativa como um caminho efetivo de reinserção econômica. “Um projeto desses, feito pela ADRA, é aquilo que a gente pode chamar de o verdadeiro trabalho social como visão de futuro”, disse Béron.

No semblante de Ida, a chance de participar já mudou sua perspectiva. “Vou fazer a oficina de arte em madeira. [Isso] me deu esperança... Esperança de dias melhores”, conclui.

Beneficiária assina termo de presença, se comprometendo a concluir as aulas (Foto: Evelise Morais)

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